segunda-feira, janeiro 30, 2006

olho-te ou não te olho

... vejo-te ali, parado, a olhar só o vazio... não há palavras, nem medos, nem lágrimas... há apenas um olhar profundo e um toque suave como se fosse o toque mais importante deste e de todos os mundos... olho-te fixo-te a alma... possuo-te mesmo antes de te tocar, de te amar, até mesmo antes de te olhar... é tudo muito mais forte do que o que quero... o desejo... olhar-te bem dentro de ti mesmo sem te ver...
sentir-te só por te desejar, ali, parada numa pose bonita, só a olhar... fixo a tua boca e sorvo-te por completo... abraço-te sem te abraçar... afago-te sem afagar... penetro-te sem te penetrar... está tudo ali, em ti, ao meu lado... basta o desejo... e os teus olhos já me possuiram... e os teus olhos já me abraçaram... e os teus olhos já me sentiram... ali, sem questionar, estendo-te a mão... vejo o teu corpo a arfar.... e sentes as minhas garras a tentar tocar-te... e o teu corpo na minha alma quando se entrega... tudo tão simples: apenas o desejo de te desejar...
Só o desejo me pode ressuscitar.
Mas morro devagar.



sexta-feira, janeiro 27, 2006

Recordações da casa amarela

Lembram-se de 'Uma casa na pradaria'?
Houve um episódio em que o circo chegou á cidade e a Laura se esqueceu dos seus valores.
Ou não?
Se não houve, devia ter havido.

O espelho

Sigo o meu rumo e a minha existência como quem anda atrás de si própria, presa a essa outra metade que comecei a entrever do outro lado do espelho quando ainda morava noutra casa.
Uma parte de mim quase lúcida que me protege e me incita a seguir em frente, a não parar nem me instalar definitivamente dentro de paredes vestidas de anjos e papoilas como um hóspede amuado, só para não me deixar prender pela rotina, nem me demitir da vida.
Só para não morrer. Como se quisesse que a minha pele, os meus gestos, o meu pensamento tivessem a consistência de uma vida anterior.
Falo com muita gente. Pessoas que me contam os seus medos, os seus mundos, lugares á beira de estradas sem área de serviço, cheias de fumo e do ruído veloz do ar que se desloca entre as massas enormes dos camiões e dos carros que correm na miragem do asfalto, transformado pouco a pouco num lago de cimento metálico por baixo de um céu semelhente a uma tampa de chumbo.
Nesses lugares, o amor já não existe. Torna-se um luxo, porque os corpos, cansados de lutar, já se esqueceram do sentimento e do prazer.
Já não há saudade, nem nostalgia, nem mesmo lembranças de alegrias fugazes.
Mas existe vida. Existe sempre a vida.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

The Mothership is here, and my muse is back!

Mas quem é que consegue pensar com o pai natal a revisitar a casa que me acolhe os delirios?
Pai, afasta de mim esse cálice, pai!
O vinho tinto devia ser proíbido e as gralhas que escrevo não são corrigidas por um editor de imagem...
Queres leite, gordo?
Queres queijo, cabra?
Queres pão, saloio?
Queres porco, preto?
Blá, blá, blá...
Não tens Luz, Casal...
Casal Costa Pereira? Isso é lá em cima e já não é exactamente para lá que fujo quando preciso de emoções fortes. Os pássaros já não me emocionam quando se espetam nos fios da EDP. Isso passou quando revi os pulsos duma alma que me segue, sem querer, e sem pensar. É melhor ficar pelo castelo, que tem uma vista mais empedernida, ou pelos ribeiros que me fazem voltar a olhar para uma lareira quente e a sentir o que deviam sentir as mulheres deste planeta. Todas. Que é esse o problema das mulheres em geral. Não descobrem o filão, por medo e por estupidez. Por esteriótipos elaborados na mente dos homens que as tentam controlar. Nada me pode controlar. Só a vontade de me sentir assim.
Porque, 34 anos depois...
A descoberta do que me esteve vedado me faz ter vontade de me embrenhar nos meus livros, na minha música e na vida que não se pode desperdiçar.

Este blog não é um muro de lamentações e este é um hino aos orgasmos que já devia conhecer. Andam atrasados, mas mais vale tarde, não é?
Um hino a tudo o que sei que será tão dificil de voltar a encontrar. Estou mais exigente. Isso sem dúvida.
Um hino
Ao vinho tinto e aos suspiros.
John Coltrane e a lucidez. A esse não se pode mandar para lado nenhum...Porque já morreu e merece respeito por tudo o que fez. Por aquilo que ainda nos dá.
E se nós fossemos só uma invenção alienígena?
Precisa de um revisor(a) de texto.
A esta hora é sui generis estar a pensar que temos que mudar de cd.
Este que usamos está riscado e imperceptível. Troca!
O Cerrone já foi!
A Joana D'arc está aqui, e o Lázaro não resuscita ainda porque eu gosto de jactos intensos de vida e prazer. E sei esperar. Aprendi recentemente.
Recebi de presente um conjunto de chávenas da Vista Alegre roubadas na Fortaleza do Guincho, um hotel horrível, em que se tem que ligar e desligar o som das ondas, e onde se têm que contratar gaivotas para fingir a proximidade do mar.
Onde se pedem 4 cervejas ás oito da manhã, e tudo parece de outro mundo.
Estes meus afilhados (tenho que arranjar outro nome, que este é demasiado realista) (e nada disto é real, nem o barulho do mar, nem o lusco fusco, nem a lenha húmida...Nada!)
Deus faz coisas lindas!
E se até faz o Lázaro resuscitar mais quatro vezes... O que será que ele me consegue fazer a mim?
Ai, as marchas da praia! O fado e tudo. Até as baleias me fazem vacilar.
Suspiro...
Repenso a cremação e a morte enquanto ainda vistosa
Esta gente é toda louca Vão rebentar comigo
And yes, the mothership as come
E eu só penso em alfaces e em olhos com ácaros
Tenho uma entorse e tenho que comprar uns óculos e preciso de uma massagem ou de uma sessão de reiki ou Karuna.
Ai... é melhor deixar isto para outro dia....
Que hoje já chega de reviver o passado, também... Corrosivo
E um namorado que tive desde a primeira classe (que ainda se chamava assim) (e não primeiro ano) E que me pedia um beijo e eu não dava nem depois de tudo ter passado nem depois de oito anos, quando tudo era diferente, as pessoas e os sítios e os amores ou não. Tenho ar de não ser boa foda (peço desculpa pelo vernáculo, mas a hora e o vinho tinto e o fado assim o exigem, que não encontro nem uma palavra que possa substituir esta, mas mesmo sem orgasmos não houve reclamações)e mesmo sem o ser, há sempre quem queira ter a certeza. Credo! Porque será que não se vê o que devia ser visto? (isto está a ficar mórbido, e essa não era a intenção)
Mas eu não quero certezas, e prefiro esperar até chegar quem me faça sentir o que não percebia, nem sabia ser assim.
E se gosto de coisas estranhas e que não fazem sentido para ninguém, é porque eu vejo além do que está visível. Vejo o que não devia ver.O que para os outros é escuro e desconexo. Sei que nada é o que parece. Nada será como todos os outros pensam. Serei sempre diferente porque sou assim e gosto. Faz sentido.
Descubro vida nas múmias enfaixadas pela solidão e pelo desprezo pelo destino triste e só. E sei. Sei que só assim sabe viver quem nunca foi apreciado nem desejado nem olhado com olhos que vêm mais do que se quer mostrar.
E foi há tanto tempo. Há tempo demais. Estava calor e eu era magra.
E esquecia-me das dores e dos dias imobilizada.
I'm a teaser, and always will be... I don't have a fucker face, but still...

Isto já vai longo... Com muitas conversas pelo meio que me deixam feliz e a pensar e a questionar.... Mas feliz!

A minha musa voltou e sou/estou feliz por isso!
A ela... Obrigada pelo perdão, e pelo esquecimento da minha estupidez e falta de comparência.
Muito Bom!
Sinto-me um descobridor em 1500...ou perto.
A emoção e a sensação de plenitude.
Ai, estas palavras não são nada perto das sensações.
E da paz de espírito.
Se conseguisse, tomava o verdadeiro comprimido para dormir, mas até isso é quase impossível.
Vou experimentar. Ver se resulta

domingo, janeiro 22, 2006

Ai, Ai...II


Ai...
Será que esta vontade me passa?

Ai, Ai...

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Tudo o que é pode não ser II

Miracles are for mor(m)ons...

O mesmo modus operandi é comum a vários tipos de predadores.
Estamos um bocadinho fartas.
Não há novidades?
Eu sei, eu sei...

Miracles are for mor(m)ons...

Pode ser que haja surpresas, porque,
Nem tudo o que parece é....

Sai uma rodada para a mesa da janela!

Silence is as important as noise.



Comfort, stretch and panic zones...
Vida, minha vida... Quem não teve, um dia, a tentação de mudar de vida? Quantos ousaram transpor essa passagem?
Devíamos tentar mudar até encontrar a felicidade, avessos ao que sonhamos para nós mesmos. Ah, isto parece um monte de filmes que vimos ou livros que lemos? Pois para mim não é assim tão surreal.
Penso muito nessa síndrome que nos acomete a todos, de vez em quando, essa ideia de que a vida que temos podia ser diferente.
Muitas vezes isso, que já parece ser um senso comum, pode esconder a passagem boa que temos por aqui. Enfim, cada caso é um caso. E cada um sabe de si. Mas é bom pensar sobre tudo isso.
E é melhor ainda reconsiderar e agir.
If you are good with a hammer you may treat everything as if it were a nail.
Eu, adoro o perigo. Eu ouso. Eu arrisco.
Já virei a minha vida de pernas para o ar por diversas vezes e nunca me senti presa nem assolada por arrependimentos.
Uso a teoria KISS: Keep it simple and stupid.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Tradução instantânea

Não te quero magoar = Não me quero magoar

quarta-feira, janeiro 18, 2006

O risco


Sou uma sobrevivente. De uma família destroçada, de uma infância caótica, de uma quase esquizofrenia. Sou uma sobrevivente. De uma overdose, de uma morte trágica, de um parto precoce. Sou uma sobrevivente. De alguns fracassos amorosos, de muitos erros cometidos, de terríveis riscos corridos. Sou uma sobrevivente. Da dor, da angústia, do medo, e sobretudo da minha falsa coragem. Olho para o passado e penso: só os sobreviventes são felizes. Sabem do que escaparam. Sabem do que ainda poderão escapar...
Não seremos muitos?
Não seremos todos sobreviventes de nós próprios?
E continuamos a fugir. Corremos e escondemo-nos de nós, da vida, dos sorrisos e das desilusões.
Mil vezes sofrer e sentir a deixar-me simplesmente estar sem tudo o que me pode dar sensações, risco, emoção.
Hoje arrisquei e sinto que este tipo de risco não é propriamente um risco. A loucura não é o que parece.
O tempo pára e nem a vida cosmopolita me atrai. Principalmente essa. Por ser inventada, por não ser tão real quanto eu.
Ainda me sigo todas as noites. É por mim que eu arrisco, por uma pequena alteração da visão, um leve torpor.
Para descorir todos os
medos,
a apreensão,
a inquietação,
o aumento da frequência cardíaca ,
tonturas,
sudação...


Devia escrever isto em inglês, que é a língua em que penso por as palavras tocarem melhor o botão da sensibilidade. Devia escrever em inglês, ou em francês que fica sempre bem.

Meteorito

De onde vem a solidão? Era capaz de arriscar que o jogo de dados que é a familia tem alguma coisa a ver com isso- o pai é bêbado, a mãe sofre de agorafobia; filha única; filha do meio; a mãe é uma chata; o pai aldraba no golfe... Quer dizer, qual é o nosso resultado natureza/meio ambiente? Tu estás aqui. Estás a ler estas palavras. Tratár-se-á de uma coincidência? Talvez penses que o destino é só para os outros. Talvez sintas vergonha de estar a ler acerca da solidão - é possível que alguém te apanhe, e fique a conhecer a tua mancha secreta. Ou então, pode ser que nem saibas muito bem o que é a solidão- isso é comum. Mutilamos os nossos filhos para toda a vida não lhes dizendo o que é a solidão com todas as suas sombras, todos os seus matizes e implicações. Quando ela nos bate na cabeça, geralmente logo depois de sairmos de casa, ficamos a ver estrelas. Não fazemos ideia do que acabou de nos atingir. Pensamos que estamos doentes, que sofremos de esquizofrenia, de doença bipolar, que somos monstruosos e temos falta de crómio na nossa dieta. Só quando chegamos aos trinta é que percebemos o que nos roubou a alegria da juventude, o que fez os nossos cérebros ficarem encolhidos e fritos por dentro, mesmo que o nosso aspecto exterior nos fizesse sentir tão confiantes e bronzeados como pilotos da Varig. Foi a solidão.

Consultas

Este blog não é um consultório de desgraças!

segunda-feira, janeiro 16, 2006

equilibrio....

...a solidão está em nós quando o quisermos... a solidão é apenas um estado de Alma e não um estado físico... mesmo sózinhos estamos sempre com a nossa vontade de não estarmos sós... é preciso força para estar aqui e noutro lado ao mesmo tempo, estar só e não estar...

domingo, janeiro 15, 2006

Questão de oportunidade



...às vezes é uma questão de oportunidade...
ou se está lá no momento exacto ou não......às vezes é uma questão de amar ou não amar...é só saber se se ama ou não......como descobrir se amamos alguém? É simples. É estar. É ser. É sentir. É viver. É dar. É usufruir. É fluir. É pensar. É querer!......é, sobretudo, dar...quando sentimos que estamos a dar a nossa atenção a outrém, quando sentimos que estamos a dar o nosso melhor em favor de alguém, quando sentimos que o importante não somos nós mas aquele que ali está é que precisa de nós...aí, sabe-se que se está a amar alguém......e, às vezes, é uma questão de oportunidade. Muitas vezes nunca passa por nós a pessoa certa e nunca nos damos ao "trabalho" de saber se não seria aquela pessoa a pessoa certa...e ela vai-se...e nunca mais a veremos...é uma questão de oportunidade...sentir no momento exacto que alguém precisa de nós e nesse exacto momento darmo-nos e então aí saberemos que estamos a amar......não é difícil...talvez, na realidade, seja uma questão de oportunidade......olhem bem em volta, à frente e atrás...pode ser que alguém precise de vós...e se esse alguém lá estiver...não percam essa oportunidade de amar...nesse momento seremos todos mais felizes...

Mau, maria!

Mas afinal quem é que manda aqui?
Um blog com vida própria que se auto publica?
Assim não brinco!

sábado, janeiro 14, 2006

Get your own emotions!


Pior que andar sem rumo é andar perdida.Acordo, bocejo, arrepio-me com a espreguiçadela, levanto-me e rotino.Tenho vontades, desejos, necessidades, anseios, insatisfações e problemas vários.Não ando perdida.Quero andar sem rumo.Não é pior nem melhor que ter porto para atracar, é apenas uma outra forma de navegar.Fecho os olhos, respiro fundo ao cheiro de um cigarro, o coração salta eu fico.Fecho os olhos com mais força, a respiração espasmo soluça, o coração volta a entrar.As lágrimas fazem cristais no dia a seguir e a cabeça ainda não está lavada.Estou farta de não gostar das minhas coisas.Estou farta de sentir o olhar da revolta por cima do meu ombro.Estou fartã de não sersuficientemente feliz quando tenho tudo para o ser.Estou farta e aflita.Estou aflita.Mas o dia continua a ser acordado com cristais, e mesmo assim ele tem que começar, nascer, estar e pôr. Há sempre um amanhã, mesmo que a vida acabe hoje, que pode acontecer a qualquer segundo.Paz

Demência

...cansada de não vislumbrar luzes ao fundo dos túneis
...sim, porque não existe apenas um único túnel; já existem muitos
...cansada de nada e cansada de tudo
...cansada do nada que me dão
...cansada por tudo o que me atiram
...como se eu tivesse estômago para digerir tudo
...como se eu não tivesse um niquinho de entendimento para saber que existem coisas que
não se podem mastigar quanto mais engolir
...cansada desta paz podre que nos cerca e nos entedia
...cansada desta guerra de vozes e de sons com que nos querem ensurdecer
...cansada do alheamento e das situações que o forçam ou que nos forçam a ele
...cansada de saber que não sei o que gostaria de saber
...cansada de ser e também de não o ser...cansada de tudo
...resta-me o pensamento, a voz e a escrita para gritar que estou viva
...resta-me a sensação de tranquilidade do silêncio a que me entrego
...resta-me a possibilidade de dizer isto ou até mesmo aquilo
...sabendo de antemão que palavras destas são apenas minhas
...e que só eu as sinto e as entendo, porque minhas
...sabendo de antemão que palavras as levam o vento
...mas aqui, onde me sento,
...sem um lamento
...excepto este
...eu não me vendo
...e compreendo...que mesmo não querendo
...vou esquecendo
...que a realidade não existe,
...que tudo subsiste
...num sonho triste
...de saber que o cansaço não me provoca a sonolência
...de me provocar uma doce dormência
...que me deixe ficar até ao fim
...nesta rara, mas desejada demência!...

Friends



Os pés que tocam o chão, os livros que os sentem aproximar-se.As mãos que descem até tocarem na capa de um qualquer título, sentindo-o, procurando-lhe uma razão para se erguer e deixarem os dedos percorrerem as folhas que há muito vão juntando o pó que, como nos pés, se vai entranhando, já não estranhando.Senti-los com a altura que lhes pertence, a mesma que me pertence. Sabê-los fora do pedestal, porque eles só me têm a mim, porque eu só os tenho a eles. Os livros, a sala, o quarto...eu.Espalhados pela casa, espalhados pelo chão, perto da vida, perto de tudo, à distância de um curvar. Longe da altura que os torna mimados, que os torna mais e a mim menos.Sem estantes, com livros, com vida, comigo...com eles.

Friends



Os pés que tocam o chão, os livros que os sentem aproximar-se.As mãos que descem até tocarem na capa de um qualquer título, sentindo-o, procurando-lhe uma razão para se erguer e deixarem os dedos percorrerem as folhas que há muito vão juntando o pó que, como nos pés, se vai entranhando, já não estranhando.Senti-los com a altura que lhes pertence, a mesma que me pertence. Sabê-los fora do pedestal, porque eles só me têm a mim, porque eu só os tenho a eles. Os livros, a sala, o quarto...eu.Espalhados pela casa, espalhados pelo chão, perto da vida, perto de tudo, à distância de um curvar. Longe da altura que os torna mimados, que os torna mais e a mim menos.Sem estantes, com livros, com vida, comigo...com eles.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

I'm a day dreamer






I never saw a wild thing sorry for itself.
A small bird will drop frozen dead from a bough
without ever having felt sorry for itself.
All people dream, but not equally.
Those who dream by night in the dusty recesses of their mind,
Wake in the morning to find that it was vanity.
But the dreamers of the day are dangerous people,
For they dream their dreams with open eyes,
And make them come true. - DH Lawrence (1885 - 1930)

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Será mesmo assim?

Preciso de equilíbrio. Harmonia. O meu corpo parece um daqueles bonecos que saltam das caixas e, por uns instantes, andam aleatoriamente em todas as direcções. A diferença é que eles, eventualmente, param. Eu não. Há demasiado tempo que não tenho regras, embora agora me pergunte porque razão equilíbrio terá que significar, forçosamente, regras. Se calhar porque o meu estômago me pede desalmadamente todas as refeições decentes que não comi e as minhas pálpebras me pedem todas as horas que não estiveram quietas. E os meus pulmões pedem impiedosamente que abra caminho aos detritos de todos os cigarros que sorvi. E o meu cérebro reclama todos os livros que não li e a minha alma exige toda a quietude que tão bem havia aprendido a suportar e eu não sei se me suporto durante muito mais tempo assim. Estou dividida, maltratada, deslocada. Dividida entre o que sou e o que pretendo ser, maltratada por todas as pressas que não deixaram cuidar-me, deslocada de mim. Às vezes, sinto que estou neste corpo, mas não sou deste corpo. E vejo a alma como uma bolsa perfeitamente extraível pendurada por aqui, e a fazer o seu trabalho no balcão errado.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Porra!

As oportunidades que se perdem!
Fónix!

terça-feira, janeiro 10, 2006

Vontade








...palavra maldita que de bem dita se torna altiva, serena postura de quem diz que quer e ao mesmo tempo não sabe se quer; de quem sente e não sabe se sente; de quem corre quieto em espaços-tempos delineados no esquecimento da lembrança, do saber-me aqui sem prazo nem limite até ao termo concedido de ser e olhar e... não ver nem saber...

Ui...

Estou aqui a teclar e a Tv está ligada nem sei bem porquê. Não é normal isso acontecer.
O que se ouve? AB..Sexo!
É surreal estar a ouvir o que esta mulher diz.
É ainda mais surreal ouvir o que as pessoas dizem!
Por acaso eu também acho que é preciso ensinar aos homens como se faz sexo oral (o tema de hoje) á mulher, mas o que ela deveria dizer mesmo é que há que treinar e desenvolver uma sensibilidade especial.
E as mulheres? Será que precisam aprender?
Publish? Don't publish?
Publish!

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Morreste em mim

Já chove. Aliás, já chove há algum tempo. Dias. Só agora dei por isso. Quis levantar voo e a lama prendeu-me os pés. Fiquei num estranho equilíbrio entre a vertigem e o despreendimento total. Mas consegui voltar a mim. Morreu alguém de quem gostei, de quem fui amigo e que riscou alguns páginas do meu livro da vida. Nao percebi a sua morte. Talvez nunca venha a perceber qual a diferenca, ténue, que existe entre o desequilíbrio e a queda inevitável. Aquilo que nos segura e nos prende na terra... talvez seja isso... talvez.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

...

Não resisti ...
porque senão seria pecado, não é verdade?

domingo, janeiro 01, 2006

Recomeço

...terminar este ano com um olhar para tudo o que ficou, para tudo o que já fez parte de mim, para tudo o que restou, para tudo o que ainda existe, para tudo o que virá, para tudo o que não é passado, nem presente, nem futuro, mas sim para tudo o que é!...