segunda-feira, janeiro 09, 2006

Morreste em mim

Já chove. Aliás, já chove há algum tempo. Dias. Só agora dei por isso. Quis levantar voo e a lama prendeu-me os pés. Fiquei num estranho equilíbrio entre a vertigem e o despreendimento total. Mas consegui voltar a mim. Morreu alguém de quem gostei, de quem fui amigo e que riscou alguns páginas do meu livro da vida. Nao percebi a sua morte. Talvez nunca venha a perceber qual a diferenca, ténue, que existe entre o desequilíbrio e a queda inevitável. Aquilo que nos segura e nos prende na terra... talvez seja isso... talvez.

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