terça-feira, maio 30, 2006

ah pois é...


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A Inveja é uma Merda!
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sexta-feira, maio 26, 2006

Urgência

Apaga a memória já!
Fecha o baú da vida e luta por alcançar o
Dom supremo da felicidade.
A busca do Absoluto não tem fim.
Por vezes pára para ver as flores a desabrochar...

As borboletas morrem depressa demais.
Perguntas urgentes têm respostas urgentes.

quarta-feira, maio 24, 2006

A sombra

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Tremia em estranha crispação. O suor escorria lânguido.
(Floresce o vale púrpura)
Deslizei na escuridão crescente.
Pele de vento e de seda.
Cor de papoila envergonhada.
O chiar mansinho do baloiço na sombra fresca do meu sentir.

quarta-feira, maio 17, 2006

Sarcófago




A fazer cada vez mais sentido...
A fugir todos os dias mais.
A esconder-me cada dia melhor...

sexta-feira, maio 12, 2006

look closer

O cheiro que se desprende embriaga-nos docemente.
A chama ilumina a dor de não ser possível.
...just look closer...

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Essa regulação da vulgaridade da vida de todos os dias extenua-me.

terça-feira, maio 09, 2006

O anel







Fecho a boca. Firmemente.
Não digo uma palavra e continuo com a boca firmemente fechada ( como num sonho em que guardava na boca um anel de oiro).
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domingo, maio 07, 2006

Not now, Joe

Tudo é sempre demasiado tarde para mim, penso. Mas ainda posso oferecer uma reparação à minha memória.
À minha vida...
Ao meu silêncio.




Vamos andar depressa e ver se a cozinha do hotel continua a ser digna do seu nome?

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quinta-feira, maio 04, 2006

Culto

Os meus amigos morreram.
Mas eu perpetuo a memória deles.
envolvo-me em crepes, enfeito-me de fitas e borlas.
espalho-me pelo mar e pela serra.
continuoa lutar pelo culto a eles votado por mim.

terça-feira, maio 02, 2006

Cheiros e nha nha nha


Este blog anda muito lamechas.
Sempre foi apanágio (credo! parece que estou a treinar visitas) do Ossos este tom melancólico, mas ás vezes até me irrita tanto nha nha nha, nha nha nha...
Deve ser dos sticks de incenso com cheiro a aloe vera que arde e me invade as narinas.
Mas o cheiro até é bom.
Vou cortar na lamechice.
Ignorar a amargura.

E deixar arder.









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ausência

...continuo a acordar todas as noites...




não há forma de o evitar...
a tua ausência incendeia-me os sentidos...
a tua falta provoca-me esta ânsia de te sentir presente...
sofro neste sofrimento sofrido de dor e solidão...
já não sei quem sou...também não interessa...lembras-te da última carta que te escrevi...sim, daquela em que acordei às 3 e 15 da manhã? Essa...sim, quando senti a tua falta e me acariciei como se fosses tu que o estivesses a fazer...ai, como sinto a tua falta!...Não, não sei que horas são...até o relógio me tiraram deste sepulcro...

olho pelas frinchas da janela e vejo luar...não sei a quantos estamos...mas isso tem importância? Que valor pode ter o dia em que me encontro se não te encontro em nenhum momento?
Desespero neste tormento de sentir a tua falta e não te sentir a presença...
Como poderia sentir se tudo o que sinto é dor? Todos os nossos momentos me passam pela memória e esta lembrança chora, chora como se fosse ela a minha própria alma e eu não existisse...
Aqui onde estou não me lembro do que sou, só me lembro de ti e de todos os momentos em que estive contigo e contigo vivi...Sim, agora não vivo, apenas recordo...Dizem que recordar é viver...ai, como pode ser viver se cada vez que me lembro, sinto que estou a morrer... um bocadinho...
as tuas mãos estão aqui no meu peito apertando-me os seios...a tua boca na minha boca e a humidade da tua língua na minha língua...
o teu doce beijo...
como quero tanto...oh que lágrimas tão amargas estas que caem a todo o momento...
olha, devem ser 4 da manhã...vem aí a enfermeira com a injecção do costume...
continuam a dizer que esta minha loucura não tem cura...eu sei que não tem, como poderia ter?
Como me posso curar da tua ausência?
Como posso viver nesta minha morte? Não sei, não sei. A enfermeira me aconchegou os cobertores...sabes, está frio e sinto frio dentro de mim...já não consigo falar...apenas olho o vazio...este vazio que me preenche...Mas não preciso de mais nada, basta-me a lembrança dos momentos que vivemos...basta-me esta dor que vive comigo...bastam-me estas lágrimas...
o meu pão de cada dia...o meu alimento neste vazio...
sinto os olhos pesados...sei que vou dormir mais um pouco mas estou feliz pois vou dormir contigo nos meus braços, nestes braços que não te sentindo te lembram, te tocam, te apertam contra mim...
lembras-te de quando adormecíamos assim? Como era bom acordar a meio da noite com os braços dormentes e sentir o calor do teu corpo abrasar o meu ser que de tanto te querer te perdeu...oh, como gosto de ti...
como sinto a tua ausência...
vou dormir...até mais logo...
...até outro dia, outra vida...
lembra-te de mim como me lembro de ti...
um resto de noite feliz...