quarta-feira, novembro 30, 2005

A perda e o perdão

Fiz tudo o que quis sem que te importasses, para te amar sem o lamentar.
Amar é abrir a alma.
A perda é um dos sentimentos mais angustiantes e o perdão um dos mais nobres.
Ambos fazem parte da nossa vivência diária e com os quais lidamos sem, no entanto os revelarmos. São acontecimentos diários menos importantes que os minimizam e podem ser simultaneamente de desespero e de esperança.
A causa da perda pode aliviar de actos e atitudes irreflectidos ou circunstâncias naturais.
A diferença entre eles é que a primeira depende inteiramente de nós e a segunda não.
Vou falar então da perda, no sentido em que pensamos que pode ser resolvida através do perdão, como se fosse uma espécie de antídoto natural contra a nossa estupidez.
Achamos sempre que encontramos numa desculpa esfarrapada um antídoto perfeito para justificar aquilo que não tem justificação.
Só que o problema é quando chega o dia em que esse antídoto não funciona! É neste momento que a perda se torna um sentimento que nos consome e para o qual o perdão é a nossa única esperança.
Passamos então a fazer a nossa vida em função de uma hipotética descoberta científica, com uma esperança de encontrar esse tal antídoto que nos permita repor a perda que é única e insubstituível.
Não há antídoto melhor do que o dos actos e das atitudes.
É ele que faz com que nas nossas vidas não haja perdas para além daquelas que são absolutamente naturais.

Convençam-se de que se o fizermos, não vamos passar o resto da vida em busca de um prémio nobel, para a descoberta de algo que se chama carácter.
De qualquer maneira, gosto de ti como és.
> Blogger Mary Mary said...

"Amar é abrir a alma.
A perda é um dos sentimentos mais angustiantes e o perdão um dos mais nobres."

Acho que resume tudo o que há para dizer sobre estes sentimentos...

sexta-feira, dezembro 02, 2005 12:49:00 da tarde  

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