quarta-feira, julho 12, 2006

Uma nova religião


Ó minha concubina
Ó minha concubina Na noite escura
Entregaste tua excelsa carnação Para lenta e desejada degustação Para minha caprichosa loucura
Como era doce teu seio seguro Tuas unhas de cereja cristalizada Teus lábios devorei na tarde Com o seu tom rouge de fruto maduro
Consumido teu glorioso ventre altar Semeei em teu quente sexo debruado
A altiva horda do prazer imaculado Que meu corpo reservou
para te amar
Místico era o suor que se libertava

De teu lascivo corpo nacarado que como um vinho consagrado

Minha ávida boca o libava
Como estavas deliciosa naquela tarde
Em cada suave movimento fremente
De nossos corpos virados a Oriente
Como dispostos por
sacra
ordenação
Ó minha concubina
Naquela tarde


Iniciámos uma religião

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