Distraí-me
Digo que não sou o que sou.
Sou tímida e covarde.
E detesto aqueles homens fortes e fecundos sempre dispostos a afirmar-se acima de tudo.
Benze-se o ar e não faz sentido contrariar-me.
Há uma estranha solidariedade entre nós.
O medo une-nos, mas o caminho da memória também nos separa.
Um louco e um bruto ameaçam a minha liberdade.
E nós... Cada abraço é (era) (foi) um prémio que entregamos um ao outro.
Agarravas-me como se quisesses salvar-me de um suicídio.
Toma a minha vida nas tuas mãos.
Só não a coloques ao lado de nada a preto e branco.
Aqui está a acontecer qualquer coisa.
Já aconteceu e eu distraí-me...
Sou tímida e covarde.
E detesto aqueles homens fortes e fecundos sempre dispostos a afirmar-se acima de tudo.
Benze-se o ar e não faz sentido contrariar-me.
Há uma estranha solidariedade entre nós.
O medo une-nos, mas o caminho da memória também nos separa.
Um louco e um bruto ameaçam a minha liberdade.
E nós... Cada abraço é (era) (foi) um prémio que entregamos um ao outro.
Agarravas-me como se quisesses salvar-me de um suicídio.
Toma a minha vida nas tuas mãos.
Só não a coloques ao lado de nada a preto e branco.
Aqui está a acontecer qualquer coisa.
Já aconteceu e eu distraí-me...
Gosto deste silêncio de girassóis. Parece-me um heterónomo tranquilo, sereno. É giro ver as facetas que as pessoas assumem. Ou tem, que é (quase) o mesmo.