sexta-feira, maio 18, 2007

Aborto sem tino revisited

Se vamos falar de erros e de vontade de voltar atrás e de recordações amargas, é para aqui que me mudo.
Para o canto onde despejo os restos. As frustrações.
Como quando estou deitada na cama, quieta, como um trapo, com a pele esquartejada, e a repetição é uma verdade da natureza plana que se forma quando uma nuvem dá origem a outra no céu.


''Não há nada dentro de mim, doutor...''
''Ele deixou espaço dentro de mim e faz escuro lá dentro, doutor...''
''Estou a morrer, não é, doutor?''

''Não, menina, você está só a abortar as ilusões''

Foi uma gravidez utópica.
não devia ser tópica? a gravidez? não devia ser na alma? como é que se aborta a alma?

Cospe-se sangue até sair tudo? Deitam-se as pessoas numa cama até sair tudo? Ignora-se a alma? Finge-se mais um bocadinho?
Finge-se mais um bocadinho e continua a andar.

Siga a marinha!
> Blogger AC said...

clap clap clap... de pé.

domingo, maio 20, 2007 4:16:00 da tarde  
> Blogger gelada morte sinistra que arranca carne putrefacta said...

Aborta a ilusão. deve ser suficiente.

terça-feira, maio 22, 2007 9:31:00 da manhã  
> Blogger absorbent said...

é isso, muitas vezes é preciso seguir a marinha!
até darmos com o nosso proprio caminho, há q continuar a andar

terça-feira, maio 22, 2007 4:02:00 da tarde  

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