domingo, fevereiro 25, 2007

Duas vezes o meu nome

A primeira vez que lhe ouviu dizer o seu nome foi há muito tempo atrás. No tempo em que ainda mantinha a esperança viva.
Levou-a à casa onde leva todas as outras mulheres e antes de adormecer serrou-lhe os ossos quando lhe disse:
- Mary, não te apaixones por mim.
Era tarde demais. Porque o carinho que ele demonstrava parecia ser sincero e impossível de apagar pela chuva ou levado pelo vento.
Ele adormeceu e ela saiu. Fugiu para sentir o ar frio na cara e para não lhe ver os olhos ao acordar.
A segunda vez disse-lhe ao telefone:
- Adeus, Mary. E desligou.
E ela nunca mais o ouviu pronunciar o seu nome.
Mesmo assim ainda tem o coração a arder. A arder de vida e de vontade de recomeçar. Outras vozes, outros países, outros sentimentos.
Recomeçar como sempre fez. Sem enganar, trair ou tropeçar.
> Blogger Deus Existe said...

Eu chamo-te pelo nome. Tu nunca quiseste puvir.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007 11:42:00 da manhã  
> Blogger Abssinto said...

E lá escreveste mais uma daquelas por que me babo.

sábado, março 03, 2007 11:00:00 da tarde  

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