quarta-feira, novembro 16, 2005

Frida... ferida de morte?....



Frida Kahlo nasceu no mês de Julho e morreu em Julho.
Uma mulher de luta, desejos, solidão, a sua fome de viver sua vida, intensamente cada segundos e minutos.

” Quem precisa de pés, se tem asas para voar?” pensava Frida. Revejam o Filme de Frida Kahlo. É uma história de amor heróica. Salma Hayek interpreta esta personagem: um ícone de sobrevivência, independência, coragem e inconformismo feminino. A fotografia é inegavelmente encantadora.

Em busca de imagens vívidas, a diretora Julie Taymor encontra inspiração em diversas fontes, incluindo jardins flutuantes, ruínas aztecas, máscaras mortuárias mexicanas e cartões postais de época. È um acto de coragem que nos tira de qualquer estado depressivo. Imperdível!

Magdalena Carmem Frieda Kahlo Calderón , nasceu em Coyacán, México em 06 de julho de 1907. Sua vida foi sempre marcada por grandes tragédias; aos seis anos contraiu poliomielite, o que a deixou coxa. Já tinha ultrapassado essa deficiência quando o autocarro em que passeava teve um grave acidente. Ela sofreu múltiplas fraturas e uma barra de ferro atravessou-a entrando pela bacia e saindo pela vagina. Por causa deste último fez várias cirurgias e ficou muito tempo presa a uma cama. Começou a pintar durante a convalescença, quando a mãe pendurou um espelho em cima da sua cama Frida sempre se pintou a si mesma:
"Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor".


As suas angustias, as suas vivências,os seus medos e principalmente o seu amor pelo marido Diego Rivera. A sua vida com o marido sempre foi muito tumultuada. Diego tinha muitas amantes e Frida não ficava atrás, compensava as traições do marido com amantes de ambos os sexos.


A maior dor de Frida foi a impossibilidade de ter filhos (embora tenha engravidado mais de uma vez, as sequelas do acidente impossibilitaram-na de levar uma gravidez até o fim), o que ficou claro em muitos dos seus quadros. Os seus quadros reflectiam o momento pelo qual passava e, embora fossem bastante "fortes", não eram surrealistas:

"Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei a minha própria realidade".

Numa declaração de Diego Rivera, nos anos 50, podem-se explicar as suas referências ao considerar Frida Kahlo como “a primeira mulher na história da arte a tratar, com absoluta e descomprometida honestidade, podíamos até dizer com uma crueldade indiferente, aqueles temas gerais e específicos que apenas dizem respeito às mulheres”, ou seja, para ele, haviam temas que só as mulheres poderiam ou saberiam representar com mais fidelidade.
Frida, mais mexicana do que nunca, chocava a todos com suas roupas, risos e gestos. Descobria-se uma forte e desejada mulher.
Kahlo viveu como Diego Rivera lhe recomendou, um dia:
'Aproveita da vida tudo o que ela te der, seja o que for, sempre que te interesse e possa ser certo e funcionar.'

Ela costumava dizer que
'a tragédia é o mais ridículo que há' e 'nada vale mais do que a risada'.


E na madrugada de 13 de julho de 1954, Frida, com 47 anos, foi encontrada morta na sua cama, mas no seu diário a última frase causa dúvidas:
"Espero alegremente a saída - e espero nunca mais voltar- Frida”

> Blogger Dia said...

Eu já li este texto em algum sítio.

quarta-feira, novembro 16, 2005 11:28:00 da tarde  

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