sábado, outubro 01, 2005

Medo


Às vezes um amor parece ao mesmo tempo familiar e completamente novo.
Mesmo depois de todos estes anos, lembro-me de tudo com precisão.
Com uma certeza que não é conferida á vida real.

Quando estavamos juntos não pensava em nada, não pensava nas estrelas, nem nas flores, nem no mar, nem no sol que incidia sobre a terra enquanto fazíamos amor.
Mas via que o passado e o futuro estavam escritos em fumo.
Dormíamos. Acordávamos. Compreendi então como é que alguém é capaz de arruinar toda a sua vida por amor. Deitar borda fora família e ambições. Pôr a sua alma em risco por este lampejo eterno com que a vida nos iludiu.
Amar era como a mais tranparente espuma do mar, como vento através das estrelas.
Salvador, assassino. Brutal.
E ainda te sinto.
Sinto o medo que tu sentias de te amarrar.
O medo que te destrói. Que te impede de ser pleno.
> Anonymous Anónimo said...

E se voltar a sentir isso... Voltei? Voltei!

terça-feira, novembro 15, 2005 3:25:00 da tarde  

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