Ai, que me dás vontade de te rasgar a roupa toda! Onde anda uma mulher assim? escondida num beco escuro? Sabes, não te quero contrariar... Dá mais uma pista. Sim?
Um dia telefonei-lhe, pretextando uma futilidade qualquer. Fomos jantar a um restaurante em Alfama; falámos de tudo, menos de nós, da nossa história. Ela tinha ficado com vista para o rio. Depois do jantar fui levá-la a casa. Parei o carro no meio da rua e desci, para lhe abrir a porta. Demos um beijo. "Boa noite", disse-lhe. "Eu também", respondeu. E acabamos os dois enrolados num mar de suor que nos permitiu aprender a nadar e a suportar o tempo de vazio. Beijinhos, minha querida.
Quero ser fodida por ti. - Se continuas, minha querida, a utilizar a voz passiva para designar essa actividade, não nos antevejo grande futuro.
Um tempo.
- Eu quero foder-te. - Ah, assim sim, está mais perto da minha experiência histórica.
(Este comentário é de uma extrema injustiça para a esmagadora maioria das duas ou três senhoras com quem, por algum milagre da sua inexcedível generosidade, tive a sorte de ter relações íntimas. Eu quero deixar aqui bem claro e explícito que muito do que escrevo aqui é ficção - impura, mas simples.) A ver se se torna realidade. Já não aguento muito mais o pulsar sexual do vermelho do teu decote.
Esta não foi, de certeza, a melhor felação que já me fizeram - esse título está com outra boca, outros olhos - mas foi a mais inesperada, e de qualquer forma aproxima-se muito.
Eu tinha acordado cedo, como de costume, e a empregada trouxera-me o pequeno almoço: ovos estrelados, bacon, sumo de laranja, um galão frio, quase gelado, e torradas. A casa era uma daquelas construções coloniais assentes em pilotis, com uma varanda de quase três metros a toda a volta. Depois do pequeno almoço, fui sentar-me na cadeira de balanço a ler o jornal. Ainda só tinha os shorts vestidos, sem nada por baixo, porque apesar de cedo já estava calor. A minha mulher dormia ainda, e as crianças tinham ido passar o fim de semana a casa de uns amigos na cidade.
A empregada levantou a mesa e põs-se a limpar o chão da varanda, de gatas: uma metade de casca de coco em cada mão e um pano debaixo de cada joelho. Quando chegou ao sítio onde eu estava sentado olhou para mim e continuou a esfregar. Mas pouco depois voltou a olhar para mim, e para os meus calções, onde, apercebia-me agora, o pénis e os testículos eram completamente visíveis.
Sem uma palavra, sem um olhar, sem sequer tirar os panos dos joelhos, ela aproximou-se, tirou-me o membro para fora e começou a chupá-lo. Não trocámos uma palavra, ninguém nos viu, ninguém nos ouviu; eu tentava transformar em suspiros os urros de prazer que tinha vontade de dar. O dia estava completamente imóvel, não havia sopro de vento, nada se mexia salvo a língua e os lábios dela. Estávamos na estação quente e em breve o calor seria infernal.
Quando acabou, cuspiu o esperma para um dos panos, limpou-me com a manga da camisa, foi buscar outro pano e continuou a esfregar o chão da varanda. Eu fui para o quarto deitar-me ao lado da Maria José, e tentar fazer-lhe amor. A coisa repetiu-se duas ou três vezes; depois despedi a empregada, e recusei sistematicamente todas as jovens que se apresentaram para a substituir.
Alguém dizia que a liberdade é a possibilidade de cada um escolher as suas próprias prisões; um refúgio devia ser a versão optimista de uma prisão - como se houvesse versões optimistas do que quer que fosse...
Aqui a liberdade impera e é senhora das letras. Parabéns!
Minha amiga: com ordens dessas, quem resiste?
Ai, que me dás vontade de te rasgar a roupa toda! Onde anda uma mulher assim? escondida num beco escuro?
Sabes, não te quero contrariar...
Dá mais uma pista. Sim?
É para já! Este blog tem uma característica especial. É feito de recados sublimados.
anda cá que eu não te aleijo
ahah pois pois
*
Um dia telefonei-lhe, pretextando uma futilidade qualquer. Fomos jantar a um restaurante em Alfama; falámos de tudo, menos de nós, da nossa história. Ela tinha ficado com vista para o rio. Depois do jantar fui levá-la a casa. Parei o carro no meio da rua e desci, para lhe abrir a porta. Demos um beijo. "Boa noite", disse-lhe. "Eu também", respondeu.
E acabamos os dois enrolados num mar de suor que nos permitiu aprender a nadar e a suportar o tempo de vazio.
Beijinhos, minha querida.
Aliás:
Quero ser fodida por ti.
- Se continuas, minha querida, a utilizar a voz passiva para designar essa actividade, não nos antevejo grande futuro.
Um tempo.
- Eu quero foder-te.
- Ah, assim sim, está mais perto da minha experiência histórica.
(Este comentário é de uma extrema injustiça para a esmagadora maioria das duas ou três senhoras com quem, por algum milagre da sua inexcedível generosidade, tive a sorte de ter relações íntimas. Eu quero deixar aqui bem claro e explícito que muito do que escrevo aqui é ficção - impura, mas simples.)
A ver se se torna realidade.
Já não aguento muito mais o pulsar sexual do vermelho do teu decote.
Esta não foi, de certeza, a melhor felação que já me fizeram - esse título está com outra boca, outros olhos - mas foi a mais inesperada, e de qualquer forma aproxima-se muito.
Eu tinha acordado cedo, como de costume, e a empregada trouxera-me o pequeno almoço: ovos estrelados, bacon, sumo de laranja, um galão frio, quase gelado, e torradas. A casa era uma daquelas construções coloniais assentes em pilotis, com uma varanda de quase três metros a toda a volta. Depois do pequeno almoço, fui sentar-me na cadeira de balanço a ler o jornal. Ainda só tinha os shorts vestidos, sem nada por baixo, porque apesar de cedo já estava calor. A minha mulher dormia ainda, e as crianças tinham ido passar o fim de semana a casa de uns amigos na cidade.
A empregada levantou a mesa e põs-se a limpar o chão da varanda, de gatas: uma metade de casca de coco em cada mão e um pano debaixo de cada joelho. Quando chegou ao sítio onde eu estava sentado olhou para mim e continuou a esfregar. Mas pouco depois voltou a olhar para mim, e para os meus calções, onde, apercebia-me agora, o pénis e os testículos eram completamente visíveis.
Sem uma palavra, sem um olhar, sem sequer tirar os panos dos joelhos, ela aproximou-se, tirou-me o membro para fora e começou a chupá-lo. Não trocámos uma palavra, ninguém nos viu, ninguém nos ouviu; eu tentava transformar em suspiros os urros de prazer que tinha vontade de dar. O dia estava completamente imóvel, não havia sopro de vento, nada se mexia salvo a língua e os lábios dela. Estávamos na estação quente e em breve o calor seria infernal.
Quando acabou, cuspiu o esperma para um dos panos, limpou-me com a manga da camisa, foi buscar outro pano e continuou a esfregar o chão da varanda. Eu fui para o quarto deitar-me ao lado da Maria José, e tentar fazer-lhe amor. A coisa repetiu-se duas ou três vezes; depois despedi a empregada, e recusei sistematicamente todas as jovens que se apresentaram para a substituir.
Alguém dizia que a liberdade é a possibilidade de cada um escolher as suas próprias prisões; um refúgio devia ser a versão optimista de uma prisão - como se houvesse versões optimistas do que quer que fosse...
Aqui a liberdade impera e é senhora das letras.
Parabéns!
inevitavelmente, Nuno Júdice veio-me ao espírito: "Comecei a fugir para dentro. É cada vez mais difícil não fugir para dentro".
Imagina o Hotel Estrela
- Vamos ver as estrelas?
- Não, vamos para a cama fazê-las.
Lembra-te de outros tempos.
Nada a fazer, querida, ando numa fase de amores inter-planetários.
É o que digo: Sedução e inteligência.
Podia cair na tua rede.
Pois é. Vontade de morder-te.
ossos, até onde queres ir? ao pé disso há um caminho q leva longe, muito longe. estás a ve-lo?
Se ficares à espera que te madem fazer alguma coisa, acabas por ficar seca.